16/06/2015

16/06/2015

Resenha: As crônicas de Nárnia - C. S. Lewis

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Título: As crônicas de Narnia
Idioma: Português

Gênero:
Literatura Estrangeira / Fantasia
Ano: 2009

Tipo de capa:
 Brochura 
Páginas:
 752

Edição:
 2
Autor:
 C. S. Lewis



Formato: Médio 
Editora: wmf
 Martins Fontes.

Fique até o final, seja forte.








Para quem não sabe, ‘As crônicas de Narnia’ é dividida em sete livros, ou sete crônicas: ‘O sobrinho do mago’, ‘O leão, a feiticeira e o guarda-roupa’, ‘O cavalo e seu menino’, ‘Príncipe Caspian’, ‘A viagem do peregrino da alvorada’, ‘A cadeira de prata’ e finaliza com ‘A ultima batalha’. Escritos por C.S Lewis, é considerado um dos melhores autores da atualidade. Falarei um pouco de cada crônica.


O sobrinho do mago.  – A origem de Nárnia.


Para você que acompanhou os filmes e acha que a historia se inicia apenas com alguns garotos entrando em um guarda-roupa, não, você está muito enganado. Aqui conhecemos Digory e Polly, que viviam em Londres e que juntos embarcaram em uma aventura entre o nosso mundo e Narnia. Digory era sobrinho de André, homem de meia-idade que se dizia mago. André acabara usando Polly como cobaia e a mandou para Narnia sem nenhuma explicação, Digory ficou perplexo pela conduta e decidiu ir atrás para salvá-la.

Vasculhando pelas passagens acabaram chegando em Charn, um reino antigo que foi destruído por uma feiticeira, e por um descuido acabam despertando-a. Voltam para Londres, mas a malévola conseguiu pegar carona. Após muitas encrencas e bagunças, Digory valentemente leva todos de volta a Narnia, onde podem ver toda a criação de Aslam. O incrível é a criatividade de Lewis, com a criação de Narnia vimos que ele mistura fantasia, mitologia e uma boa dose de emoção. Quem que não seja Lewis pensou em juntar seres mitológicos, com animais, lendas, mitos e tantas outras criações da imaginação? Só ele!



O leão, a feiticeira e o guarda-roupa.


Cena do filme
Então você me pergunta: Onde o guarda-roupa se encaixa?  Eu te respondo: Agora.  No final do ultimo conto, Aslam pede para que Digory fosse atrás do fruto mágico de uma macieira para criar com ele a proteção das terras de Narnia. Feito isso, Digory leva um fruto da eterna juventude e enterra o miolo no quintal de sua casa, junto enterra os anéis de seu tio André, que também foi ordem de Aslam. Ali crescera uma macieira admirável. Passado o tempo, já com Digory morando em outro lugar, um professor derrubou a arvore e aproveitou sua madeira para fazer um guarda-roupa. Como a arvore possuía magia logo o guarda-roupa era mágico. E esse foi o portal de tantas idas e vindas a Nárnia.

Aqui nos é apresentado Susana, Lucia, Pedro e Edmundo que por necessidade se mudam de casa em Londres. São levados para casa de um velho professor. Sim, aquele professor que construiu o guarda-roupa.  Após a estadia decidem explorar a grande casa e é ai que Lucia, a mais nova dos irmãos encontra o guarda-roupa em uma sala vazia. Ninguem acredita na pobrezinha ate que por necessidade acabam se escondendo dentro do guarda-roupa e encontram o mundo de Narnia detrás dos casacos. Lucia decide lhes apresentar seu amigo fauno mas descobre que ele foi pego pela feiticeira e corre perigo. Resumidamente os irmaos encontram uma toca de castor e pedem ajuda, juntos vao ao encontro de Aslam. Edmundo que ja conhecera Narnia antes de Pedro e Susana, trai os irmãos indo ao encontro da feiticeira

Na época de natal cada um tem seu presente entregue. Pedro ganhou um escudo e uma espada; Susana recebeu um arco, uma aljava cheia de setas e uma trombazinha de marfim. Ja Lucia recebeu uma garrafinha de vidro que posso dizer que contem uma pocao de cura, e um punhal muito pequeno. Enquanto todos recebiam presentes, Edmundo estava sendo maltratado pela feiticeira e podia observar que o inverno rigoroso imposto pela malevola estava se transformando em primavera.  Aslam estava retornando, o verdadeiro rei estava a caminho. Muita coisa acontece, se fosse contar tudo, o que faz minha vontade, não seria mais uma resenha e sim uma analise completa do livro. Bom, entendam que ha um sacrificio para salvar o traidor, um renascimento, uma batalha que termina com a morte da feiticeira branca e o bem retomado em Narnia. Apos alguns anos já com os quatro mais maduros, sao coroados como reis e rainhas de Narnia.

Em uma cacada ao Veado Branco, que dizem realizar todos os desejos de quem o tivesse pegado, os irmãos encontram um lampiao, reencontram a passagem para casa e voltam a se encontram em meio aos casacos, na sala vazia. Voltam como eram antes, apenas quatro criancas se escondendo de serem pegos pela governanta. Mas aqui nao finda as aventuras em Narnia, aqui é apenas o começo.



O cavalo e seu menino


Aqui conhecemos Shasta, criado por um pescador que chamava de pai, o Arriche, que descontava suas fúrias no garoto. Viveu no tempo em que Pedro era o Grande Rei de Narnia e seus irmãos também. Certo dia um homem do sul chegou montado em um cavalo pedindo pousada para a noite e disse que tinha interesse em comprar o garoto. Ali o pescador e o homem negociaram até cair no sono.

Revoltado, decidiu questionar o cavalo do tarcaã e o cavalo respondeu. Disse coisas péssimas sobre o dono.  Ambos tristes com as coisas decidem fugir juntos e assim fazem. Assim o cavalo recebe o apelido de Bri.

Na fuga para Narnia, conhecem uma égua falante chamada Huin e uma menina chamava Aravis. Apesar do desentendimento durante o encontro, decidem ir juntos, pois iam ao mesmo lugar. Muitas dificuldades os barram no caminho, desde gatinhos que viram leões até surpresas como ser um dos filhos do rei que foi perdido tempos atrás.

Não gostei dessa crônica, pois a narrativa é muito descritiva e isso cansa bem mais rápido. Não foi o que me agradou. Tenho certeza. Observei que é um pouco avulso das demais, que não completa muito a historia.


Príncipe Caspian
 

O Príncipe Caspian era o herdeiro do trono por direito, mas seu tio Miraz que governava. Teve em seu reinado a ocultação da historia a antiga Narnia. Caspian foge, pois estava sendo caçado e seria morto, encontra os animais falantes que estavam escondidos. Lá é declarado rei por possuir o pensamento como um verdadeiro narniano. Tocam a trompa da rainha Susana e tudo acontece.

Pedro, Susana, Edmundo e Lucia aguardando a ida à escola, são ‘sugados’ para Narnia. Encontram uma Narnia muito diferente da época de seu reinado. Silenciosa e esquecida por causa da invasão dos Telmarinos. Deparam com um anão, mensageiro do Príncipe Caspian, e decidem ajudá-lo, é onde descobrem tudo sobre o príncipe e os antigos Narnianos.

Para mim essa foi a crônica mais difícil para falar sobre, você pôde ver. Achei bem arrastado mas como sempre, temos um final feliz.




A viagem do peregrino da alvorada


Em época de férias, Lucia e Edmundo vão à casa de Eustáquio, seu primo. Observando o quadro no quarto em que Lucia dormiria, os três são puxados para dentro de uma tempestade em alto mar. São socorridos pelo rei Caspian e abrigados em seu navio, o Peregrino da Alvorada. Caspian contou às crianças que estava em missão e que deveria procurar os sete fidalgos que seu tio Miraz livrou-se mandando explorar os Mares Orientais. E que Ripchip tinha esperanças de encontrar o país de Aslam.

Atracaram nas Ilhas Solitárias e decidiram conhecer os arredores,  rei Caspian agindo em sigilo, como um simples cidadão. Tomam conhecimento do comercio local, simplesmente traficavam escravos. Caspian trama um plano com lorde Bern, um dos fidalgos, e declara a libertação da escravatura.

De volta ao mar, passar por uma terrível tempestade que durou doze dias e doze noites. Com o navio danificado tiveram de parar em algum lugar para consertar o navio e repor coisas essenciais. Encontraram uma ilha, desembarcaram todos e trabalharam, menos Eustáquio que fugiu de vista. Passaram por diversas ilhas. Galma, Terebintia, as Sete Ilhas, as Ilhas Solitárias, a Ilha do Dragão, a Ilha Queimada, a Ilha das Águas da Morte e a ilha dos Tontos. Nesta ultima receberam muitos presentes e a ajuda por terem colaborado com os habitantes de lá, conseguiram voltar à expedição pelos Mares Orientais. Passaram ainda pela Ilha Negra, onde os piores sonhos tornavam realidade.
Cena do filme

Já no principio do Fim do Mundo encontram os últimos fidalgos que faltam, mas precisaram fazer um desencantamento para resgatá-los. Acreditavam na teoria em que o mundo era plano como uma mesa e que chegando ao fim dele, cairiam num vale profundo. Concluída a missão, os tripulantes do navio voltaram a Narnia e os garotos voltaram para seu mundo, porem não regressariam a Nárnia novamente.


A cadeira de prata


Aqui conhecemos a tristonha Jill Pole que estuda em um colégio experimental onde existe total liberdade aos alunos. Vive apanhando dos valentões e por não receber apoio das autoridades da escola passa boa parte do tempo nos fundos do ginásio. Coincidência ou não, seu colega decide ajudar, o garoto chamado Eustáquio Misero conta de suas aventuras nas terras narnianas e a convida para clamar Aslam a fim de que entrassem em Narnia. Com a perseguição que Jill sofria foram se esconder atrás de uma porta, lá viram um lugar completamente diferente. Não era onde queriam estar exatamente.

Eustáquio caiu em um abismo e foi soprado até Nárnia, já Jill, um tanto culpada saiu a caminhar e encontrou um riacho, lá estava Aslam. Ele a disse que sua missão quando chegasse seria encontrar o príncipe Rilian, filho do rei que foi sequestrado. Deu os sinais e instruções e lá estava ela, voando no sopro até Nárnia.

Andaram muito e caíram no submundo, lá encontraram uma feiticeira e um rapaz que certa vez se esbarraram na viagem. Todos os dias em um certo horário o rapaz era acorrentado em uma cadeira de prata para não sair afora em uma fisionomia de serpente. Enquanto estavam lá puderam observar um de seus acessos. Lembrava Jill que um sinal de Aslam lhe dera que quem implorasse ajuda em seu nome, Em nome de Aslam, eles deveriam ajudar. O rapaz implorou em nome de Aslam e foi liberto, a cadeira destruída e obtiveram a revelação que a feiticeira o prendia com magia e que ela era a verdadeira serpente que matou a rainha de Nárnia anos atrás. Assim libertou todos que estavam sob o poder de feitiços, voltou a Narnia e substituiu seu pai, que estava muito velho, no governo, tornando-se o herdeiro do trono e logo rei de Nárnia.



A ultima batalha


 Conhecemos um macaco chamado Manhoso que morava perto do Ermo do Lampião. Nessa época já existiam pouquíssimos animais falantes, tinha como vizinho um jumento chamado Confuso. Tratava-se mais de um empregado do que vizinho, julgava o macaco mais inteligente então satisfazia todas as suas vontades e  obedecia suas ordens.

Ao encontrar uma pele de leão descendo pelo rio uma ideia logo veio a mente de Manhoso, faria uma capa para Confuso a fim de parecer-se com Aslam para conseguir diversas coisas, inclusive do rei. Não era da vontade de Confuso, mas com a lábia de Manhoso e o pensamento de que ele era superior logo aceitou.
Através de uma dríade o atual rei de Narnia, Tirian (neto de Rilian, bisneto de Caspian se não me engano), declara guerra aos rebeldes que derrubavam as arvores falantes, os Calormanos. Porem Tirian e seu unicórnio são capturados, na prisão o rei pede auxílio aos jovens de Além-Mar, os antigos reis e rainhas de Narnia. Quem apareceu para ajudar foram Jill e Eustaquio, aqueles da crônica anterior.

Durante todo esse rolo Tash, o demônio,  é invocado pelos inimigos e Manhoso passa a assustar os narnianos. Quem entrava no estábulo onde Tashlam, junção de Tash e Aslam que segundo o líder dos inimigos era um só, estava era morto por apavoramento.

Durante a batalha, o rei Tirian lutava contra o tarcaã que comandava os calormanos. Na porta do estábulo onde o tarcaã foi carregado junto a Tash, que desapareceu. Batalha ganha pelo rei, a ultima batalha do ultimo rei.

Logo apareceram os antigos reis e rainha de Narnia, junto a Aslam foram a verdadeira Narnia. Tenha em mente uma cebola, são varias camadas, uma dentro da outra. Lá também é assim, uma Nárnia dentro da outra, porem quanto mais dentro você se encontra maior é o lugar. Que confusão! Lá encontraram todos os que passaram por eles, Ripchip, Tumnus e todos os demais.  Nessa ultima crônica vemos claramente como a fé é algo de extrema importância, notamos que o breu é mais escuro e todas a dificuldades que tiveram que superar.

Bom só lendo para entender toda a maestria de Lewis em escrever esse clássico. É de tirar o fôlego tudo isso, claro que teve crônicas que não gostei, mas em sentido geral é ma-ra-vi-lho-so! Com tantas aventuras infinitas, personagens incríveis e não posso esquecer-me de falar do ensinamento bíblico durante todo o livro. Com toda a certeza esse livro já é um dos meus favoritos.

Tentei falar basicamente dos principais acontecimentos de cada crônica, espero que tenha entendido e peço perdão por não poder falar mais, ainda estou de queixo caído. Provável que você também fique. Se um dia tudo isso virar filme, aconselho que leve um lenço ou mesmo uma toalha. Terá muuito com o que se emocionar.

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